Que venha tudo - mas reste meus amores, e meu bom humor.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tempo

   Faço meu primeiro post da beira da praia, em cima das dunas para ser mais exata. Aqui eu passei completos 18 verões, alguns mais curtos, outros prolongados, mas foi aqui que eu cresci, aprendi a andar de bicicleta e aceitei o valor do protetor solar. Acho que a minha parte preferida de Marina Maristela, muito antes dos veraneios inesquecíveis de 2006, 2007 e 2008, no auge da adolescência, foi a benção de sempre poder  me encontrar aqui, refletir. Acho que esse talvez seja o ano mais difícil para tal. Novembro veio como uma punhalada nas costas, meu esforço não foi capaz. A faculdade que eu amei, “a minha faculdade”, na verdade nunca foi minha. Não por culpa da reprovação, sim por razões que a razão desconhece. Fiz aquela prova já com a certeza da incerteza, a dúvida latejando nos meus pensamentos, e em fevereiro começo o curso de Relações Internacionais. Não desisti do jornalismo e tenho certeza que as palavras não desistiram de mim. Vejo agora a Isa e o Antônio brincando no mar, as suas sombras e o pôr-do-sol, e confio no meu instinto. Essa é a insipiração, e é mais do que suficiente para me lembrar.  A minha paixão, a escrita, mexer com as letras, expor minhas palavras luxuosamente, enfeitando o branco do papel. Eu não sei como, eu não sei quando e muito menos sei de que forma, mas sempre há tempo, sempre é tempo. Ano que vem me espera com uma faculdade incrível, que apesar de plano B, juro usufruir ao máximo. E quanto ao jornalismo, eu ainda não sei...
   Minha teoria é sobre o tempo. Não importa se você tem 18 anos e e ainda não começou a faculdade certa, enquanto suas amigas passam para o 3ºsemestre... Não importa se você tem 40 anos, não é casado e não possui filhos. Não importa se você tem 20 e tem. Não importa se sua doença diz contar seus dias, porque o tempo é relativo, o tempo existe quando a ansiedade acompanha e não existe quando estamos do lado de quem amamos. O tempo na verdade não importa.